O pássaro morre ao nascer o dia, morre sem pedir licença, tão pouco agradece ter sido salvo no dia anterior, toda a brevidade de sua existência tocou-me mais que perde-lo. A forma inesperada da morte prende-se a seus olhos negros, os meus contemplam o que resta de vida nele, o peso e a fragrância da vida ainda pairam em minhas mãos, faço uma oração na minha língua pura para o deixar partir.
Aladin Van-Dúnem