No “Virtualismo”
recoloco a arte na devida concepção do momento. Ao dispor da
comunidade, ao serviço do bem , e na dimensão da humanidade. Tenho
de me situar como artista no centro das coisas e ir ao encontro
delas, utilizar os meios e ferramentas, os recursos que disponho,
poucos ou muitos. Ignorar a procura desenfreada de novas técnicas
que não se estão a reflectir na forma positiva e evolutiva da vida.
No “Virtualismo” a obra empresta seu poder ao digital, que a
transforma, e expande, sem fronteiras, por milhões de terabytes,
com metamorfoses multiplicas, por meio do vídeo da imagem digital da
mensagem implícita ou não. A obra afirma sua intenção em diversos
meios e materiais, tendo o artista hoje um poder à sua disposição
como nunca possuiu.
No “Virtualismo”
não importa os materiais, ou o espaço físico onde as obras se
encontram, tão pouco se o publico avalia o trabalho como bom ou mau,
belo ou feio, ou a obra como mais ou menos valiosa, mas sim o que o
artista consegue atingir com a sua criação.
Tendo o artista um
acesso ilimitado neste mundo de densa tecnologia de informação,
passa a ser necessário um olhar atento aos conteúdos, as fontes, de
forma a que a resposta seja selectiva, sem violência, sexo, ou ódio
explícito, o “Virtualismo”. Deixa de fora tudo isso. Não existe
espaço à ofensa ou à divisão, mas sim à coesão, e empatia.
À procura selectiva
do bem comum, na consciência plena de que nunca dispusemos de tantos
meios ou informação como hoje, só que nunca fomos tão resignados
e acomodados ao que nos oferecem, como somos presentemente. Somos,
sem questionar, sem verificar, consumimos, sem limites, sem critério,
nem medida.
Aqui explico em parte o Virtualismo, que será mais explanado no meu novo livro a editar: O Virtualismo e a Rota da Mudança.
Aladin Van-Dúnem